O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi internado nesta sexta-feira (11/4) após relatar dores intensas na região abdominal. Ele estava em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, quando passou mal e precisou ser encaminhado ao Hospital Municipal Aluízio Bezerra. Posteriormente, foi transferido de helicóptero para o Hospital Rio Grande, em Natal. De acordo com pessoas próximas, Bolsonaro já se queixava de desconfortos intestinais há alguns dias. O cirurgião Antônio Luiz Macedo, que acompanha o ex-presidente desde o atentado que sofreu em 2018, afirmou à CNN que o político apresentava dificuldades para se alimentar e digerir alimentos, quadro provocado por uma distensão intestinal — condição que gera inchaço abdominal e pode estar associada a inflamações.
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Macedo afirmou que poderia se deslocar ao estado, caso fosse necessário realizar uma cirurgia de emergência. Também mencionou a possibilidade de transferência para São Paulo, dependendo da evolução clínica. Já o médico Luiz Roberto Fonseca, do Hospital Rio Grande, declarou que não há indicação cirúrgica imediata.
O boletim médico divulgado pela unidade hospitalar informou que Bolsonaro encontrava-se consciente e sem dor, após uso de analgésicos. Ele está sendo hidratado e passou por exames. A equipe médica avaliará os resultados para decidir se será necessária a transferência para outro hospital com mais recursos.
O episódio também teve repercussão política. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, utilizou as redes sociais para elogiar o trabalho do SAMU, responsável pelo atendimento inicial. Ele destacou que o serviço foi criado na gestão de Lula (PT) e está presente em todo o território nacional. Já o transporte aéreo até Natal foi viabilizado com apoio da governadora Fátima Bezerra (PT).
Desde a facada sofrida em 2018, Bolsonaro enfrentou várias complicações intestinais e já passou por cinco procedimentos cirúrgicos, sendo três deles considerados complexos. Médicos acreditam que essas intervenções possam ter contribuído para o atual quadro clínico, já que a formação de aderências pode causar torções no intestino.
A obstrução intestinal ocorre quando o trânsito de alimentos e secreções no sistema digestivo é interrompido. Segundo o especialista Flávio Quilici, professor da PUC Campinas, a condição pode ser comparada a um entupimento em uma mangueira. Doenças como diverticulite, Crohn, tumores ou até alimentos duros podem causar o problema. Nos casos de Bolsonaro, há suspeita de que as cirurgias anteriores tenham provocado essas complicações.
Os sintomas mais comuns incluem dores abdominais intensas, inchaço e até soluços, especialmente quando o bloqueio atinge o intestino delgado. O diagnóstico geralmente é feito com exames de imagem, como raio-X e tomografia. Dependendo da gravidade, a cirurgia pode ser indicada.
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