A Polícia Civil de Goiás segue investigando a morte de Stefane Xavier da Silva, de 31 anos, atacada pelo próprio cachorro da raça pit bull no município de Cidade Ocidental, região do Entorno do Distrito Federal.
Segundo informações do delegado Aluísio Nascimento, responsável pelo caso, os ferimentos encontrados no pescoço e rosto da vítima são compatíveis com mordidas de cão, conforme apontado pelo laudo pericial do local do crime.
De acordo com o delegado, a vítima sofreu uma grande perda de sangue antes de morrer. “Os ferimentos foram localizados na região do pescoço e do rosto, e são todos compatíveis com mordidas de cachorro”, explicou Nascimento em entrevista ao g1.
Ele também informou que a perícia analisou o cenário do ataque, incluindo manchas de sangue, posição do corpo e outros indícios que possam ajudar a entender a dinâmica do ocorrido.
O próximo passo da investigação depende da conclusão do exame cadavérico, que trará detalhes mais precisos, como o horário da morte e a causa definitiva. A expectativa da polícia é de que o inquérito seja finalizado ainda nesta semana, após a realização de uma última oitiva.
O ataque ocorreu no dia 13 de abril, dentro de um condomínio. Quando os bombeiros chegaram ao local, Stefane já estava sem vida, com ferimentos graves e extensa hemorragia. A companheira da vítima foi quem pediu socorro e foi amparada por vizinhos. Temendo novos ataques, especialmente contra um bebê que também estava na residência, os moradores mataram o cão no local.
De acordo com os relatos iniciais, o animal não tinha histórico de agressividade com pessoas. “Era um cachorro que, até então, não apresentava comportamento violento com a tutora. Ele costumava se mostrar mais hostil apenas com outros animais”, afirmou o delegado à TV Anhanguera.
A veterinária Luana Borboleta, especialista em comportamento animal, explicou que embora o pit bull seja uma raça com fama de agressiva, outras raças menores — como poodles, pinschers e shih tzus — tendem a ser mais reativas. A diferença, segundo ela, está na força e no local do ataque. “O pit bull tem uma mordida muito potente e, quando ataca, geralmente mira o pescoço, que é uma região vital. Essa característica vem do seu histórico como cão de rinha, desenvolvido para incapacitar o oponente com rapidez”, esclareceu.
A polícia agora aguarda os resultados finais da necropsia para confirmar os detalhes e concluir o inquérito.