Em 2013, Jorge Mario Bergoglio fez história ao se tornar o primeiro papa originário da América Latina, o primeiro jesuíta a assumir o cargo e o primeiro não europeu em mais de doze séculos. Sua eleição representou um marco importante para a Igreja Católica, evidenciando um movimento em direção à valorização de diferentes contextos sociais e culturais. Ao longo de seus 12 anos à frente do papado, Francisco ficou conhecido por sua simplicidade e pela maneira próxima como se relacionava com os fiéis.
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Optou por morar na Casa Santa Marta, recusando o tradicional Palácio Apostólico, e era visto frequentemente utilizando meios de transporte comuns — atitudes que refletiam seu desejo por uma vida mais modesta e acessível. Durante seu pontificado, promoveu reformas na Cúria Romana com o objetivo de tornar a gestão da Igreja mais transparente e eficiente.
Francisco também se destacou pela firme atuação diante da crise dos abusos sexuais cometidos por membros do clero, estabelecendo medidas mais rigorosas para combater os casos e responsabilizar os culpados.
Outro ponto marcante de seu governo foi a valorização de mulheres dentro da estrutura eclesiástica, ao nomeá-las para cargos de liderança inéditos. Ele também demonstrou disposição para dialogar com a comunidade LGBTQIA+, embora tenha mantido as bases doutrinárias da Igreja.
Sua encíclica “Laudato Si’” ganhou repercussão global ao tratar da urgência de cuidar do planeta e propor uma ecologia integral, reforçando o papel da Igreja no debate ambiental.
Durante seus anos como pontífice, Francisco visitou nações em guerra e regiões carentes, sempre levando mensagens de reconciliação, dignidade e esperança. Foi um dos maiores defensores de refugiados e imigrantes, pedindo compaixão e políticas mais humanas.
Seu legado é fortemente ligado ao esforço de tornar a Igreja mais próxima dos que vivem à margem. Incentivou um modelo mais sinodal, baseado no diálogo e na escuta, valorizando uma espiritualidade centrada na misericórdia e na prática do amor ao próximo.
Com sua morte, inicia-se o período conhecido como “sede vacante”, e um novo conclave será convocado para escolher o próximo líder da Igreja. Enquanto isso, milhões de fiéis pelo mundo prestam homenagens e expressam gratidão por sua liderança transformadora.
Francisco será lembrado como um papa que rompeu barreiras, defendeu os mais vulneráveis e reacendeu a esperança em tempos de desafios. Seu exemplo permanecerá como fonte de inspiração por muitos anos.
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