Um casal que gerenciava uma funerária nos Estados Unidos confessou, na sexta-feira (22), a culpa por abusar de 190 cadáveres. A confissão ocorreu após a descoberta de corpos em avançado estado de decomposição na residência onde a empresa de compostagem humana operava.
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Jon e Carie Hallford, responsáveis pela funerária “Return to Nature”, admitiram as acusações durante uma investigação que começou em outubro de 2023, quando moradores do Colorado relataram à polícia um forte odor vindo do local.
As autoridades, ao inspecionarem o imóvel, encontraram 190 corpos armazenados de forma inadequada, em condições precárias. Os cadáveres, incluindo alguns de pessoas falecidas desde 2019, estavam em sacos descartáveis, lençóis com fita adesiva ou até mesmo expostos sem proteção. Alguns foram localizados no chão, empilhados em prateleiras ou sobre macas. O imóvel foi demolido no início deste ano, conforme informou a emissora CBS News.
A funerária oferecia pacotes de sepultamento ecológico, prometendo utilizar caixões biodegradáveis. Contudo, as investigações revelaram práticas fraudulentas, onde as famílias, confiando no serviço, acabaram enganadas. Michael Allen, procurador do 4º Distrito Judicial do Colorado, destacou que o casal abusou da confiança dos clientes para cometer os crimes.
Os Hallfords foram presos em novembro de 2023 e, durante a audiência da última sexta-feira, assumiram a culpa por 191 acusações de abuso de cadáveres. A sentença está agendada para 18 de abril de 2025 no Tribunal do Condado de El Paso, com as penas variando entre 15 e 20 anos de prisão.
Além das irregularidades com os corpos, o casal desviou mais de US$ 130 mil (cerca de R$ 754 mil) destinados a serviços funerários. Segundo a denúncia, em vez de realizar enterros ou cremações, o dinheiro foi usado para despesas pessoais, incluindo viagens, joias e compras na Amazon.
A compostagem humana, método que a funerária alegava oferecer, é autorizada no estado do Colorado desde 2021, sendo uma alternativa mais sustentável aos métodos tradicionais. Entretanto, a promessa de um processo ecológico foi usada como fachada para os crimes cometidos pelo casal
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