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O ex-presidente expressou seu desejo de ser julgado pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) após a denúncia por tentativa de golpe de Estado, conforme declarou em entrevista à Revista Oeste, nesta sexta-feira, 21. Questionado sobre as estratégias de sua defesa, ele sustentou que deveria ser processado em instâncias inferiores, já que, por não ocupar cargo público, não possui foro privilegiado.

“Eu deveria estar sendo julgado em primeira instância, assim como Lula foi. Se for adequado, a ação deve ser iniciada lá. Além disso, quem está sendo julgado precisa ser analisado pelo plenário – veja o caso do 8 de janeiro –, e meu julgamento não pode se limitar a gravações de vídeo; deve haver um debate”, afirmou.Bolsonaro também garantiu que sua defesa vai recorrer ao argumento de abuso de autoridade contra o ministro Alexandre de Moraes, referindo-se à oitiva de seu antigo ajudante, Mauro Cid. Ele relembrou que Moraes advertiu o tenente-coronel de que, se novas contradições surgissem durante seu depoimento, ele seria expulso da audiência, o acordo de colaboração seria cancelado e as investigações sobre seus familiares seriam retomadas.

O ex-presidente atribuiu à repercussão nas redes sociais o mérito por ter evitado uma prisão prolongada. Segundo ele, se não fosse pela ampla divulgação da denúncia e da delação, “eu já estaria preso há muito tempo”. Ele ressaltou que a defesa recebeu a denúncia há aproximadamente três dias e foi notificada com um prazo de quinze dias para se manifestar, prazo que considerou excessivo e repleto de imprecisões, afirmando que, sem as mídias sociais, sua situação seria irreversivelmente desfavorável. Ao comentar sobre a delação de Mauro Cid, Bolsonaro classificou as investigações como uma mera “pesca probatória” e demonstrou compaixão pelo ex-ajudante, dizendo:
— Eu sinto pena dele, o que ele está passando. Sempre o tratei como se fosse um filho, um membro da minha família, e o que ele sofre hoje beira uma verdadeira tortura.

A defesa do ex-presidente havia solicitado a ampliação do prazo de resposta à denúncia para 83 dias, alegando não ter acesso a todas as provas. Contudo, o pedido foi negado pelo ministro Moraes, que ressaltou que uma simples consulta aos autos comprova que a defesa teve amplo acesso às informações.

Bolsonaro também criticou a participação de Alexandre de Moraes em seu julgamento. Segundo a denúncia da PGR, o ministro estaria entre os alvos do suposto plano “Punhal Verde e Amarelo” – que visava o assassinato do presidente Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do próprio Moraes – e teria obtido a aprovação do ex-presidente. “Claro que deveriam ser pessoas impedidas de me julgar, mas sabemos que o STF toma decisões de cunho político”, declarou.

O Plenário do STF já rejeitou um recurso da defesa de Bolsonaro que pedia a exclusão de Moraes das investigações, argumentando que o crime de tentativa de golpe de Estado atinge toda a coletividade, e não uma vítima isolada.

Durante a entrevista, Bolsonaro também chamou o 8 de janeiro de “farsa” e afirmou que, se estivesse no Brasil naquele dia, certamente estaria preso. Lembrando sua saída do país, ele comentou que deixou o Brasil em 30 de dezembro, pouco tempo após as eleições de 2022, viajando para os Estados Unidos.

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