Durante o lançamento do programa “Agora tem Especialistas”, nesta sexta-feira (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) compartilhou um momento comovente. Segundo ele, uma mulher humilde, moradora de Itajaí (SC), o abordou dizendo que estava desenganada e queria apenas um abraço antes de morrer.
“Ela me disse: ‘Eu já estou desenganada, então não queria morrer sem te abraçar’”, contou Lula, visivelmente emocionado. “Eu não tinha o que falar. Dei um beijo nela e disse: ‘Você tem que ter fé, rezar muito e se cuidar. Fazer tudo o que o médico mandar’.”
O presidente lamentou que, possivelmente, essa mulher não tenha tido acesso ao tratamento adequado no tempo certo. A situação ilustra a desigualdade no sistema de saúde e reforça a necessidade de melhorias no atendimento à população mais vulnerável.
Diagnóstico precoce e o privilégio do acesso à saúde
Lula aproveitou o momento para relembrar o próprio diagnóstico de câncer na laringe, em 2011. Ele contou que procurou o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após sentir febre e dor na garganta. Inicialmente, recebeu apenas um remédio, mas foi sua esposa na época, Marisa Letícia, quem sugeriu que ele fizesse um PET scan.
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“Eu fui contrariado. Deitei naquela máquina, e quando saí, algumas pessoas estavam chorando. Era um câncer pequeno, mas foi detectado a tempo. Dois dias depois, já estava em tratamento”, disse.
O presidente refletiu sobre o contraste entre sua realidade e a de milhões de brasileiros: “Fico me perguntando por que todos não têm esse acesso. Quantas pessoas morrem porque recebem uma receita e não têm dinheiro para comprar o remédio?”
‘Agora tem Especialistas’ promete reduzir filas no SUS
O novo programa lançado pelo governo federal tem como foco ampliar o acesso da população a médicos especialistas por meio do SUS. A medida permitirá que o Ministério da Saúde utilize a estrutura pública e privada para agilizar o atendimento em seis áreas prioritárias: oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia.
A primeira ação será a entrega de aceleradores lineares em seis cidades, tecnologia capaz de reduzir significativamente o tempo de tratamento do câncer. Consultas, exames, cirurgias e mutirões estão previstos, com contratação feita por estados, municípios ou via AgSUS e Grupo Hospitalar Conceição.
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