BOMBA: Veja a verdade s0bre Mulher suspeita de m@tar crianças envenenad@s com Caj..Ver Mais

Após passar cinco meses presa em Parnaíba, no Piauí, a aposentada Lucélia Maria Gonçalves, de 53 anos, foi solta na última segunda-feira (13). Ela era suspeita de envenenar os irmãos Ulisses Gabriel e João Miguel, de 7 e 8 anos, com cajus contaminados, mas sempre negou qualquer envolvimento no caso. Em entrevista, Lucélia afirmou que os meninos nunca entraram em seu quintal para pegar frutas, desmentindo versões apresentadas à polícia por testemunhas.

A prisão ocorreu depois que os investigadores encontraram terbufós, substância tóxica conhecida como chumbinho, em sua casa. No entanto, a perícia realizada nos cajus supostamente ingeridos pelas crianças não detectou a presença do veneno, e os resultados só foram concluídos cinco meses depois da morte dos meninos.

Lucélia relatou ter vivido momentos difíceis na prisão, sendo alvo de julgamentos e acusações injustas.

— Foram meses muito difíceis. Desde o começo, eu disse que não conhecia a família e que as crianças nunca entraram no meu quintal. Apenas minha família e meu advogado acreditaram em mim. Agora estou aliviada por estar em casa — declarou.

Defesa critica prisão sem provas concretas

O advogado de Lucélia, Sammai Cavalcante, criticou a condução do caso, destacando que não havia laudos que comprovassem a presença de veneno nos cajus no momento da prisão da aposentada. Ele destacou que a justiça optou por mantê-la detida sem provas concretas e que sua cliente não tinha condições financeiras de custear uma perícia particular.

— Era dever da polícia e da Justiça apresentar provas concretas antes de mantê-la presa. Como isso não aconteceu, sua detenção foi um erro grave. Agora, vou solicitar a inclusão de novos depoimentos no caso, especialmente do suspeito de envenenar a mãe dos meninos e outros familiares — afirmou o advogado.

Com a reviravolta no caso, as autoridades decidiram reabrir as investigações e passaram a apurar o possível envolvimento de Francisco de Assis Pereira da Costa, padrasto da mãe das crianças. Ele foi preso na última semana sob suspeita de envenenar outros familiares com baião de dois contaminado com chumbinho.

Nova linha de investigação e suspeita sobre o padrasto

No dia 1º de janeiro, quatro pessoas da mesma família morreram após consumirem o baião de dois envenenado, e uma criança segue internada em estado grave. O suspeito Francisco já era investigado no caso e, segundo a polícia, deu diversas versões contraditórias sobre os acontecimentos.

O delegado Abimael Silva revelou que, inicialmente, Francisco disse que não havia se aproximado da panela onde o alimento estava, mas depois admitiu que tocou na comida. Em outro momento, negou ter instruído alguém a mexer no baião de dois. Essas contradições reforçaram as suspeitas contra ele.

Além disso, depoimentos indicaram que Francisco tinha um relacionamento conturbado com a enteada, Francisca Maria da Silva, mãe dos irmãos mortos envenenados. Em interrogatório, ele demonstrou desprezo por Francisca e chegou a fazer declarações ofensivas.

— Ele se referia à enteada como “preguiçosa, inútil, matuta”, e dizia que ela “só se envolvia com vagabundos”. Francisco também evitava qualquer contato com os filhos dela e os descrevia como “primatas” e “pessoas não higiênicas” — afirmou o delegado.

Evidências encontradas e prisão temporária

Durante buscas na casa de Francisco, a polícia apreendeu celulares, documentos e um baú trancado, que ficava próximo ao fogão e poderia ter sido usado para esconder provas.

— Esse baú era inacessível para os demais moradores. Se havia algo escondido, só ele sabia — explicou o delegado.

Diante dessas evidências, a polícia solicitou a prisão temporária de Francisco por 30 dias, prazo que poderá ser estendido conforme o avanço das investigações.

— Levando em conta que ele era o único com motivação plausível para cometer um crime tão brutal, além das contradições nos depoimentos, decidimos pela prisão temporária — afirmou o delegado.

Investigação continua para esclarecer o crime

A Polícia Civil informou que as investigações seguem em andamento. Novas perícias estão sendo feitas, e os dados dos celulares apreendidos serão analisados para buscar mais informações sobre o caso.

Enquanto isso, Lucélia, agora em liberdade, teve sua casa incendiada após ser acusada injustamente e decidiu se abrigar na residência de familiares.

— Agora posso descansar em paz. Sempre falei a verdade, mas ninguém acreditava. Graças a Deus, minha família e meu advogado ficaram ao meu lado — disse a aposentada.

As autoridades continuam reunindo provas para esclarecer os detalhes do crime e entender se Francisco agiu sozinho ou se há outros envolvidos.

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